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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sossegado

Tem uma cachorra lá na Ferrugem, a Nala, q eh filha da falecida Nega. Essa Nega meu primo Pedro e eu encontramo há mais de 15 anos eu diria, ela era filhotinha perdida e a gente resgatou ela e escondidamente deixou com um parceiro, o Diego (do Diego Imóveis), que adotou ela. Eis tudo q se sabe da árvore genealógica da Nala.

Tanto a Nega quanto a Nala são (eram) desses cães que tu jura q são pessoas. Uma vez (eu era adolescente gostava de alterar meu estado de consciência) eu juro q eu vi a Nala com uma expressão de preocupação existencial no rosto, tipo olhando pro nada com a testa franzida, e com a boca fechada e com olhos preocupados (e as orelhas baixas: ela não tava alerta). Eu fiquei viajando naquilo, pq a cena foi forte. E do nada ela parece q lembrou q era cachorro, ou esqueceu q a vida é assustadora, e começou a ofegar pela boca e relaxou a testa. E virou a cara pro lado, tipo parando de olhar pro nada apesar de continuar olhando pro nada, de repente era um nada menos humano e mais animal.

ACHO q qualquer ser humano quando age por instinto age exatamente como um animal, e portanto se tu pensar em como tu te sentiu em alguma vez q tu agiu por instinto tu vai saber como se sente um animal. Não deve ser tão diferente, só (bem) mais limitado.

2 comentários:

  1. Instinto é uma das maiores qualidades dos seres humanos. Acho que é uma das poucas maneiras de exercer a sinceridade. Por isso eu gosto tanto dos cães!

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