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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

>=P

Mudança, o universo muda o tempo todo, e a gente muito doido só muda quando quer.

Deus é um cara misterioso.

Um cotidiano bem montado e o mundo estável o suficiente dentro do qual a gente vive convencem a gente de que o aquário Terra, ou a nossa vida ordinária são uma amostra completa da variedade do universo, e o resto é poeira no vento.

Tem tanta gente que só acredita no que pode ver e tocar, e tem coragem (ou covardia) de negar tudo o que não pode ver ou tocar. Falam de como a Igreja atrasou a humanidade mas tão cometendo o mesmo erro de só acreditar no que vêem. Os mesmos que antigamente diriam que a Terra é plana são os que hoje criticam os que antigamente diziam isso. Em ramos diferentes, na física, biologia, psicologia.. Na Ciência, fora da Igreja.

A gente não cansa de ser patético.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

The kid's allright





Sonhei que eu tava lutando com facão, sonho muito real, eu era um pirata e o sonho foi NADA parecido com Piratas do Caribe: não tinha romance nem diversão. Passei a noite inteira com esse sonho tenso, facões, cortes feios. A loucura de tudo é que no final da noite eu tava lutando muito melhor do que no início e ninguém mais me acertava, e eu cheguei pro meu cunhado e disse: "acho que eu to me tornando um bom pirata".

A última cena do sonho eu tava na frente duma pia, com cortes fundos no braços, muito sangue, limpando eles com água, e eu não sentia dor, mas sentia o sangue quente escorrendo, e via ele brotando aos montes. Eu tava feliz, eu era um pirata feliz, cansado. Eu lembro de ter feito maldades bizarras nesse sonho que eu obviamente não faria na minha vida comum, e que no sonho, depois de ver o resultado das minhas atrocidades nas pessoas eu me arrependi, eu me senti um monstro. Acho que isso prova que o meu discernimento nesse ponto vai além de razões sócio-culturais.

Na boa: a vida é uma loucura. Posso reiterar isso quantas vezes quiser. Outro dia na saída dum teatro esperando uma amiga eu olhei pro céu e vi umas estrelas, poucas porque a gente tá na cidade. Mas uma estrela bastaria, porque ela tava lá muito além da atmosfera e muito além de uma compreensão real pela ciência atual e senso comum, mas tava lá deixando bem claro que a vida além da nossa vida-padrão é infinita e gigantesca, muito misteriosa. Confissão: se eu tivesse mais à flor da pele nesse hora eu chorava. Não chorei. E eu NÃO vo com a cara do Carl Sagan, nem do Fritjof Capra >=P


terça-feira, 5 de abril de 2011

Ultimas horinhas antes do inferno



Tava trabalhando num esquema em parceria com um pessoal, não to mais.
Longa história. O post anterior à esse (abaixo) e o outro (dois ou três abaixo) falam um pouco do qq rolou.

To ocioso agora. E pensando bastante (só não tanto que estrague as coisas).


Andei pensando que, se por um lado existe o extremo comodismo profissional que é o cargo público (pelo menos aqui no Brasil), por outro lado existe uma vida de caminhada na guerra que é responder por uma pessoa jurídica. Experimentei um pouco dessa segunda opção. A coisa ficou feia, mas na soma final eu nunca trocaria por uma vida na gaiola da servidoria pública, com todo o respeito às pessoas que trabalham aí porque conheço algumas que figuram entre as pessoas mais trabalhadoras e corretas que conheço.

Foi interessante pra uma primeira vez:

Começou com dois meses e meio de estudo, preparação de material e diálogo com alguns possíveis clientes. As coisas tavam se alinhando dentro do esperado e planejado, e existia uma aparente calmaria. De leve eu fui tocando um projeto que apareceu, excelente pra início de carreira. Daí, no exato momento em que o meu passado negro sedutor me convidou pra um passeio na floresta das ilusões e eu tolo aceitei, aconteceu que também entregou a vida o meu cachorro de 15 anos. Essas duas coisas, na hora, aparentemente não me afetaram. Achei que tava tudo ok. Mas como diz aquela música: "someone told me long ago / there's a calm before the storm". Corri solto, e alguns dias depois veio essa força me sugando pra baixo, que nem essas correntes no mar que vêm um pouco depois de quebrarem as ondas e pegam o desavisado de surpresa e sugam ele pra alto mar, sem chance de resistência. Nesse caso, nada que o tempo não curasse, exceto que nesse repé, um cliente dos mais interessantes deu retorno positivo de um projeto bem complexo, que ia tá exigindo bastante de mim.

E só o que eu queria nessa hora era sumir, eu não queria ver nem meus pais, eu queria que Deus me cristalizasse por 15 eras e eu ficasse num estado letárgico inconsciente adormecido. Simples assim. Só que eu tinha um planejamento de 500 horas pra fazer, envolvendo outras duas empresas com orçamentos gordos dos quais eu tiraria alguma fatia, melhor ou pior negociada. Isso além do outro projeto pra terminar, e mais um protótipo pra fazer pra um terceiro cliente.

Bagulho pesou. Alguns dias de agonia, que não podia de forma alguma transparecer. Eu tava knocking on heavens door, literalmente: fui no centro espírita, cheguei 25 minutos antes do início dos trabalhos, e fiquei sentado naquele silêncio que tocava músicas clássicas muito agradáveis. E acho que uns dois ou três anjos me pegaram pelos braços e me levaram pra fora da Terra, e me sugeriram olhar pra baixo e entender o real tamanho do meu problema. E ele realmente ficou pequeno. Talvez se eu tivesse me injetado morfina eu teria um efeito semelhante. Mas não foi (ainda bem). Eu descansei nessa hora, e antes que eu percebesse eu tava de volta por aqui.

As semanas seguintes foram de extrema paz interior e de guerra exterior: longas, incríveis e complexas batalhas de palavras, sorrisos amáveis, carícias no ego e na vaidade, tentativas de sedução (algumas com efeito), etc. No meio disso, entre outras coisas (sendo essa com certeza a mais top), eu descobri no meu pai um herói, 27 anos de vida depois. Foram semanas muito centradas e produtivas. Essa pequena guerra, tão sutil (se comparada com o que tem por aí), me ensinou bastante coisa e segue ensinando, mas infelizmente não se chegou num termo em que fizesse sentido eu ficar lá por dentro.

Entenda como quiser mas o mundo material é só material.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ultimas horinhas antes do inferno

To numas...

Não é novidade que o mundo seja uma ilusão. Pqq dizem isso?, apresenta uma equação diferente da física quântica manjada que demonstre isso. Eu tenho uma equação bacana:

Já diria o Rudi (meu contador): "quando se trata de negociação, não existe lógica, a lógica é criada na hora".

Quando a disputa é material, a realidade se resume numa batalha de palavras. A moral se torna uma ferramenta de posicionamento, e quem tem mais moral manipula o outro.

É cão esse mundo? O da busca material é. É um mundo de ilusões. Os ilusionistas vencem. Lobo come lobo. E, talvez, na maior parte do tempo não seja tão antiético quanto parece ser.

Existe outro mundo? Claro que sim. Cadê ele?
Aqui:
no beijo no rosto da mãe,
num sorriso sincero olhando no olho de um desconhecido, por algum motivo qualquer.

quarta-feira, 30 de março de 2011

De onde eu acabei de sair




Love will tear us apart


Eles trabalham com ilusões, venda de. [EDIT. 07/04/2011 - E qual é o vendedor que não vende ilusões?]

Eles são bons nisso, em vender ilusões.
Eles são mais ou menos quatro, 3+1 pra ser preciso.
E esse 3 é, na verdade, 1+1+1. Sempre vai ser.

Dissequemos: um deles constrói e vêm construindo uma realidade sobre bases sólidas. Esse é o 1 do 3+1.

Vamos aos outros 3: um anjo decaído, uma fada e um guerreiro experiente. 1+1+1=3
O anjo decaído, o grande ilusionista da história. Ele aparece do nada, faz mágica, encanta. Todo mundo quer mais. Mas ele já desapareceu, na mesma fumaça que ele usou pra entrar em cena. Quer mais? A fadinha tá ali, batendo as asas rapidinho, com a cara mais amigável e querida que tu já viu. Ela te ouve, ela responde, e ela também é encantadora, uma doçura. E dando suporte, apoio e força pra eles, o guerreiro é a própria impressão da solidez.

O 1 é o que existe de verdadeiro ali. Os 3 são a ilusão. O 1 se deixou levar pela ilusão de algo muito melhor, ainda que já tivesse algo de muito bom. Talvez ele esteja percebendo que se tratava de uma ilusão. Ou talvez, quem sabe, não seja uma ilusão, e esse texto é um grande engano e o tolo seja eu.

Eis o quadro.

Os quatro: (1+1+1)+1 = 1
Os quatro são um. Eles são a persuasão, uma quinta entidade, o produto sinergético da cumplicidade de quatro pessoas em torno de uma busca comum, material.

MAS

ilusões são ilusões.

Às portas do céu, é onde eles vão bater quando a tsunami do tempo levar o castelo de areia deles.

E, como uma aparição sobrenatural rápida mas inegável nos mostrando que a gente não tá sozinho no mundo, um movimento divergente nos últimos dias causou um desconforto profundo na alma da quinta entidade. Um silêncio nada desconfortável, mas muito inquieto tomou conta da sala, aonde essa entidade veste o véu de solidão e elabora suas lindas e confortáveis ilusões. O silêncio era um flash da realidade. E cada um agiu e reagiu como pôde. Fêz-se de conta que nada tinha acontecido. O anjo e a fada retomaram assuntos da pauta. E romperam a sinergia, e por um segundo a quinta entidade se viu enfraquecida, confusa. O 1 e o guerreiro seguiram com um assunto informal. Eu, observando tudo como alguém convidado a orbitar essa bela ilusão, e que se negou a fazê-lo, segui com a minha vida.

Eles me inspiram, de verdade. Esse texto não teria sido escrito sem inspiração, que eles me proporcionaram, é um detalhe do que eles são pra mim. Eles são uma manifestação maravilhosa e bela da ilusão. Mas são só uma ilusão, quando poderiam ser uma poderosa realidade.

domingo, 13 de março de 2011

Eu to fugindo!!! Eu to de terno e gravata na beira da praia!!!

A CHANCE DE ESSE TEXTO SE APAGAR ANTES DE ELE SER PUBLICADO EH GRANDE.

Tipo assim: pega o cara ouvindo Mc Catra, viradão e coloca ele pra ouvir Mozart, ou Jazz. Ele provavelmente vai vomitar, de preferência em cima de ti.


Esse texto pode destoar assim, do dia-a-dia.



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Eu to com medo. Porque a porta dos fundos bateu, mas ninguém tinha aberto ela. E eu to sozinho em casa. E a casa eh grande e tem vários quadros sinistros.

E eu  to triste, porque eu não sei, ou sei e não quero falar.

Tinha uma voz que falava e era ouvida, essa voz parou.

Ela era direta, reta, agressiva e suave. Mas ela parou. No lugar dela tem essa outra voz, que tenta tenta e não fala nada.

A nova voz tem medo, muito medo. Tipo medo de não ser ouvida. É um pouco mais poética, mas acho que ninguém quer poesia, o pessoal tá pelo funk.

A outra voz era do deboche, e tinha uma fórmula bem descrita, e essa fórmula ainda existe, só que ela é "pros fracos", que sabem ser ouvidos. Mas ela falava, e era ouvida.

Só que hoje é poesia, e eu odeio poesia, mas to poético. Isso cura com o tempo, o tempo cura uma parte de tudo. A outra parte quem cura é a gente, faz sentido? É só uma teoria na verdade.

Mas o medo eh punk. E eu tenho muito medo. De não ser ouvido. E acho que não o serei. E não o serei. To escrevendo pra mim. A chance de esse texto se apagar antes de ser publicado é grande.

Eh que nem a declaração escrita na areia. E o quê na vida que não eh assim?

O qq não pode ser esquecido ou perdoado?

Medo, vazio, eu to fugindo, agora lembrei! Eu to fugindo!!!

[EDIT 23 de julho de 2012 - esse texto foi escrito em março de 2011, só está sendo publicado em julho de 2012]

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fora do ciclo...

... mas esperando pessoas que ainda tão dentro dele (do ciclo). Não tem previsão de saída. Depende delas, de elas abrirem os olhos, e entenderem a complexidade da situação, e que sozinho ninguém faz porra nenhuma.

Eu fico triste, eu tenho saudade (apesar da proximidade física) mas faço a minha parte, que é, onde possível, estender uma mão e ter paciência.

Na boa, o universo é incrível. Ninguém tira isso de mim, não importa aonde eu tiver ou qual for a minha situação. A vida é um sistema perfeito. O infinito não termina nunca e eu duvido que as coisas se repitam muito universo afora, sabe o que isso significa? Que nem eu e nem tu fazemos a MÍNIMA idéia do que se passa por aí. Medita nisso: MÍNIMA idéia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Profetas

Qual foi o último profeta vivo?..

Eu arrisco dizer que não faz muito tempo, que (apesar de eu amar ele ao mesmo tempo que acho um mala) o John Lennon foi um, mas entre ele e hoje já tiveram vários.

Os músicos e os poetas vêm com algumas frases maravilhosas que eu compararia com um raio (no sentido de uma descarga elétrica que alivia tensões que tão no ar). QUALQUER frase poderosa com a qual a gente se identifique, uma frase tão óbvia mas que ninguém tinha dito antes.

Vai muito além da poesia, tem os ritmos e as melodias tb, e tem os livros, as teorias, e as pessoas que fizeram isso tudo em forma de business, e que a gente nem viu (pq o profeta não precisa ser uma pessoa pública). O que não falta são pessoas que influenciam nossa vida e que a gente nunca ouviu falar o nome.

Há que concordar...

sábado, 5 de fevereiro de 2011

To loco então

Meu terapeuta falou q eu to ficando louco. Repetiu 3x.

Meu... Eu acho q eu to ficando louco...

Sério, imagina um desenhista ou um escritor que não tem uma caneta ou papel... Ele fica louco.

Uma idéia sem uma linguagem ou sem um meio pra expressar ela.

Eu preciso de uma linguagem...

E se a linguagem começar a se diluir na minha frente? Tem um grito que é impossível de ser dado. Tem uns momentos que tudo começa a se diluir, rápido demais. É como ver um ET correndo e não ter máquina fotográfica.

DDA e labirintos

Foco, e propósito (eu sei q a virgula não era pra ta ali, é poetico débil).



Eu so uma pessoa confusa p caralho e apesar de eu fazer o meu trabalho quando eu tenho q fazer eu me sinto o tempo todo como se eu tivesse um pouco perdido num labirinto (até quando eu to me servindo de sorvete).

Como q eu posso descrever uma coisa que tem forma e faz sentido (tipo um sorvete), mas depois de um tempo a forma e o sentido dela desaparecem (agora eu não sei se o sorvete é um péssimo ou um excelente exemplo)?

Ta eu tenho um exemplo que é excelente e piegas ao mesmo tempo: a paixão. Com 11 anos eu tive uma paixão platônica por uma mina bem mais velha que eu e sem chance. Basicamente eu passei mais de 2 anos constantemente pensando nela. Um belo dia eu acordei e fui dar bom-dia pro meu pensamento agradável no qual ela tava presente e o pensamento não tava mais lá. Foi da noite pro dia, literalmente.