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quinta-feira, 31 de março de 2011

Ultimas horinhas antes do inferno

To numas...

Não é novidade que o mundo seja uma ilusão. Pqq dizem isso?, apresenta uma equação diferente da física quântica manjada que demonstre isso. Eu tenho uma equação bacana:

Já diria o Rudi (meu contador): "quando se trata de negociação, não existe lógica, a lógica é criada na hora".

Quando a disputa é material, a realidade se resume numa batalha de palavras. A moral se torna uma ferramenta de posicionamento, e quem tem mais moral manipula o outro.

É cão esse mundo? O da busca material é. É um mundo de ilusões. Os ilusionistas vencem. Lobo come lobo. E, talvez, na maior parte do tempo não seja tão antiético quanto parece ser.

Existe outro mundo? Claro que sim. Cadê ele?
Aqui:
no beijo no rosto da mãe,
num sorriso sincero olhando no olho de um desconhecido, por algum motivo qualquer.

quarta-feira, 30 de março de 2011

De onde eu acabei de sair




Love will tear us apart


Eles trabalham com ilusões, venda de. [EDIT. 07/04/2011 - E qual é o vendedor que não vende ilusões?]

Eles são bons nisso, em vender ilusões.
Eles são mais ou menos quatro, 3+1 pra ser preciso.
E esse 3 é, na verdade, 1+1+1. Sempre vai ser.

Dissequemos: um deles constrói e vêm construindo uma realidade sobre bases sólidas. Esse é o 1 do 3+1.

Vamos aos outros 3: um anjo decaído, uma fada e um guerreiro experiente. 1+1+1=3
O anjo decaído, o grande ilusionista da história. Ele aparece do nada, faz mágica, encanta. Todo mundo quer mais. Mas ele já desapareceu, na mesma fumaça que ele usou pra entrar em cena. Quer mais? A fadinha tá ali, batendo as asas rapidinho, com a cara mais amigável e querida que tu já viu. Ela te ouve, ela responde, e ela também é encantadora, uma doçura. E dando suporte, apoio e força pra eles, o guerreiro é a própria impressão da solidez.

O 1 é o que existe de verdadeiro ali. Os 3 são a ilusão. O 1 se deixou levar pela ilusão de algo muito melhor, ainda que já tivesse algo de muito bom. Talvez ele esteja percebendo que se tratava de uma ilusão. Ou talvez, quem sabe, não seja uma ilusão, e esse texto é um grande engano e o tolo seja eu.

Eis o quadro.

Os quatro: (1+1+1)+1 = 1
Os quatro são um. Eles são a persuasão, uma quinta entidade, o produto sinergético da cumplicidade de quatro pessoas em torno de uma busca comum, material.

MAS

ilusões são ilusões.

Às portas do céu, é onde eles vão bater quando a tsunami do tempo levar o castelo de areia deles.

E, como uma aparição sobrenatural rápida mas inegável nos mostrando que a gente não tá sozinho no mundo, um movimento divergente nos últimos dias causou um desconforto profundo na alma da quinta entidade. Um silêncio nada desconfortável, mas muito inquieto tomou conta da sala, aonde essa entidade veste o véu de solidão e elabora suas lindas e confortáveis ilusões. O silêncio era um flash da realidade. E cada um agiu e reagiu como pôde. Fêz-se de conta que nada tinha acontecido. O anjo e a fada retomaram assuntos da pauta. E romperam a sinergia, e por um segundo a quinta entidade se viu enfraquecida, confusa. O 1 e o guerreiro seguiram com um assunto informal. Eu, observando tudo como alguém convidado a orbitar essa bela ilusão, e que se negou a fazê-lo, segui com a minha vida.

Eles me inspiram, de verdade. Esse texto não teria sido escrito sem inspiração, que eles me proporcionaram, é um detalhe do que eles são pra mim. Eles são uma manifestação maravilhosa e bela da ilusão. Mas são só uma ilusão, quando poderiam ser uma poderosa realidade.

domingo, 13 de março de 2011

Eu to fugindo!!! Eu to de terno e gravata na beira da praia!!!

A CHANCE DE ESSE TEXTO SE APAGAR ANTES DE ELE SER PUBLICADO EH GRANDE.

Tipo assim: pega o cara ouvindo Mc Catra, viradão e coloca ele pra ouvir Mozart, ou Jazz. Ele provavelmente vai vomitar, de preferência em cima de ti.


Esse texto pode destoar assim, do dia-a-dia.



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Eu to com medo. Porque a porta dos fundos bateu, mas ninguém tinha aberto ela. E eu to sozinho em casa. E a casa eh grande e tem vários quadros sinistros.

E eu  to triste, porque eu não sei, ou sei e não quero falar.

Tinha uma voz que falava e era ouvida, essa voz parou.

Ela era direta, reta, agressiva e suave. Mas ela parou. No lugar dela tem essa outra voz, que tenta tenta e não fala nada.

A nova voz tem medo, muito medo. Tipo medo de não ser ouvida. É um pouco mais poética, mas acho que ninguém quer poesia, o pessoal tá pelo funk.

A outra voz era do deboche, e tinha uma fórmula bem descrita, e essa fórmula ainda existe, só que ela é "pros fracos", que sabem ser ouvidos. Mas ela falava, e era ouvida.

Só que hoje é poesia, e eu odeio poesia, mas to poético. Isso cura com o tempo, o tempo cura uma parte de tudo. A outra parte quem cura é a gente, faz sentido? É só uma teoria na verdade.

Mas o medo eh punk. E eu tenho muito medo. De não ser ouvido. E acho que não o serei. E não o serei. To escrevendo pra mim. A chance de esse texto se apagar antes de ser publicado é grande.

Eh que nem a declaração escrita na areia. E o quê na vida que não eh assim?

O qq não pode ser esquecido ou perdoado?

Medo, vazio, eu to fugindo, agora lembrei! Eu to fugindo!!!

[EDIT 23 de julho de 2012 - esse texto foi escrito em março de 2011, só está sendo publicado em julho de 2012]