A CHANCE DE ESSE TEXTO SE APAGAR ANTES DE ELE SER PUBLICADO EH GRANDE.
Tipo assim: pega o cara ouvindo Mc Catra, viradão e coloca ele pra ouvir Mozart, ou Jazz. Ele provavelmente vai vomitar, de preferência em cima de ti.
Esse texto pode destoar assim, do dia-a-dia.
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Eu to com medo. Porque a porta dos fundos bateu, mas ninguém tinha aberto ela. E eu to sozinho em casa. E a casa eh grande e tem vários quadros sinistros.
E eu to triste, porque eu não sei, ou sei e não quero falar.
Tinha uma voz que falava e era ouvida, essa voz parou.
Ela era direta, reta, agressiva e suave. Mas ela parou. No lugar dela tem essa outra voz, que tenta tenta e não fala nada.
A nova voz tem medo, muito medo. Tipo medo de não ser ouvida. É um pouco mais poética, mas acho que ninguém quer poesia, o pessoal tá pelo funk.
A outra voz era do deboche, e tinha uma fórmula bem descrita, e essa fórmula ainda existe, só que ela é "pros fracos", que sabem ser ouvidos. Mas ela falava, e era ouvida.
Só que hoje é poesia, e eu odeio poesia, mas to poético. Isso cura com o tempo, o tempo cura uma parte de tudo. A outra parte quem cura é a gente, faz sentido? É só uma teoria na verdade.
Mas o medo eh punk. E eu tenho muito medo. De não ser ouvido. E acho que não o serei. E não o serei. To escrevendo pra mim. A chance de esse texto se apagar antes de ser publicado é grande.
Eh que nem a declaração escrita na areia. E o quê na vida que não eh assim?
O qq não pode ser esquecido ou perdoado?
Medo, vazio, eu to fugindo, agora lembrei! Eu to fugindo!!!
[EDIT 23 de julho de 2012 - esse texto foi escrito em março de 2011, só está sendo publicado em julho de 2012]
o medo pode ser o caminho que nos até a fé e a coragem.
ResponderExcluirê tira esse terno e vai surfa. Alohaaaaa.
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