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sábado, 5 de setembro de 2009

Carlitos te ouve


Mas tens algo a dizer pra ele?

Eu particularmente jamais seria capaz de protagonizar a cena acima, não dessa forma tão convincente. Conversar de igual pra igual com Carlos Drummond de Andrade não é pra qualquer um. Observa: Carlitos ouve com atenção, e parece muito interessado. Que inveja ser ouvido desse jeito por um cara desses.

O cidadão com a sacolinha ali na foto não é do tipo que costuma ter finanças que garantam mais que um dia de sua alimentação e, no entanto...

Deus foi bem claro nessa aí.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aborrescência



Diz a lenda que Kurt (Cobain, do Nirvana) tá agonizando no lugar mais escuro da umbra [umbra = sombra], junto com alguns outros que abandonaram o Sol. Consta que não tem nada que possa ser dito pra ele, porque a consciência inexpressivelmente pesada dele faz barulho demais pra que ele consiga ouvir qualquer coisa de fora, além de não deixar ele dormir. Ruído ensurdecedor. Nesse raciocínio, só ele pode se retirar do inferno, quando ele se arrepender da merda que fez. E o fato de ele ter perdido o rosto dele com o tiro de uma espingarda calibre .12 disparada por ele mesmo só torna pior a estada por lá, mesmo porque é uma ferida que não fecha e dói pra cacete. Mas a culpa por ter sido o responsável pela sua própria morte dói mais, muito muito mais. "Take a rest, as a friend, as an old memory." - da letra de Come As You Are.

Segue aqui uma espécie de tradução/interpretação (observe que é interpretado) de Smells Like Teen Spirit - um retrato do adolescente confuso - em homenagem à essa figurinha. Colocaram o refrão dessa música como representante dos anos 90 numa propaganda da Pop Rock. Tenta ouvir com desprendimento a voz e os gritos dele, mesmo que tu não entenda a letra. É mais assustador q a Samara daqueles filme de terror.

[ed. 20/09/2009 -> COLOQUEI A INTERPRETAÇÃO COMO COMENTÁRIO NESSE POST. O pessoal se assusta e não lê nada qdo tem muita linha. Respeitável, o mundo hoje gira mto rápido ninguém tem mto tempo pra o que não for entretenimento puro ou carreira]

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Leck mich im Arsch


O imperador da Áustria (ou seria o rei de Viena?) descobre que o Mozart tá fazendo uma versão própria pra ópera "O Casamento de Fígaro". Essa ópera era proibida. O imperador, junto com seu fiel conselho - do qual alguns membros queriam a caveira do Mozart - chama Mozart pra um bate-papo. "Mozart, tu sabia que essa ópera é proibida aqui na Áustria [ou era só em Viena?]? Tu sabe que eu so um cara muito liberal [verdade]... Mas o Casamento de Fígaro é uma história que incita a discórdia entre as classes, especialmente da classe operária. Não é à toa que eu bani ela por aqui. O que tu tem pra me dizer?". Mozart fica desconcertado - mesmo porque esse era um trabalho que ele vinha fazendo em segredo, o imperador [ou rei] n tinha como saber - e depois de um bocado de discussão, ele diz: "então tá! Deixa só eu te explicar o primeiro ato, só a primeira cena na verdade. E tu me diz o que tu acha. Se tu não gostar, eu desisto.". "Muito bem!", diz o imperador, "me conta então.". E o Mozart começa: "bom, a primeira cena da peça começa com um servo, ajoelhado no chão.", o imperador arregala os olhos, porque é exatamente disso que ele tá falando, e o Mozart continua: "sabe o que ele ta fazendo, Sua Majestade?! Tu tem idéia do que esse servo tá fazendo ajoelhado no chão???", "não...", responde Sua Majestade já esperando alguma das irreverências do Mozart, e ele responde: "ELE TÁ MEDINDO UM ESPAÇO!, O CHÃO DA CASA DELE! PRA BOTAR UMA CAMA!". Cena seguinte: Mozart ensaiando a ópera no teatro Real.

Nessa mesma cena, a que eu descrevi acima, tem outra coisa genial. Um dos conselheiros do imperador, um mais ponderado e que não odeia o Mozart, pergunta: "por que diabos tu quer escrever peças do povo e dessas coisas tão pequenas? Por que tu não escreve peças de histórias grandiosas, dos deuses e conquistadores?". "É porque eles são tão pomposos que parece que cagam mármore. AHAHAHAHAHA", dando uma gargalhada muito aguda e peculiar e debochada, muito debochada. Todo mundo arregala os olhos. "Sua Excelência, eu sou um homem vulgar... Mas eu te garanto que a minha música não é..."

*Leck mich im Arsch - Lick me in the arse, canon escrito pelo nosso querido protagonista da cena acima descrita, feito em homenagem à um arcebispo de uma cidade que não lembro o nome que tinha ele contratado e não deixava ele ir embora e só reclamava dele.