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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Leck mich im Arsch


O imperador da Áustria (ou seria o rei de Viena?) descobre que o Mozart tá fazendo uma versão própria pra ópera "O Casamento de Fígaro". Essa ópera era proibida. O imperador, junto com seu fiel conselho - do qual alguns membros queriam a caveira do Mozart - chama Mozart pra um bate-papo. "Mozart, tu sabia que essa ópera é proibida aqui na Áustria [ou era só em Viena?]? Tu sabe que eu so um cara muito liberal [verdade]... Mas o Casamento de Fígaro é uma história que incita a discórdia entre as classes, especialmente da classe operária. Não é à toa que eu bani ela por aqui. O que tu tem pra me dizer?". Mozart fica desconcertado - mesmo porque esse era um trabalho que ele vinha fazendo em segredo, o imperador [ou rei] n tinha como saber - e depois de um bocado de discussão, ele diz: "então tá! Deixa só eu te explicar o primeiro ato, só a primeira cena na verdade. E tu me diz o que tu acha. Se tu não gostar, eu desisto.". "Muito bem!", diz o imperador, "me conta então.". E o Mozart começa: "bom, a primeira cena da peça começa com um servo, ajoelhado no chão.", o imperador arregala os olhos, porque é exatamente disso que ele tá falando, e o Mozart continua: "sabe o que ele ta fazendo, Sua Majestade?! Tu tem idéia do que esse servo tá fazendo ajoelhado no chão???", "não...", responde Sua Majestade já esperando alguma das irreverências do Mozart, e ele responde: "ELE TÁ MEDINDO UM ESPAÇO!, O CHÃO DA CASA DELE! PRA BOTAR UMA CAMA!". Cena seguinte: Mozart ensaiando a ópera no teatro Real.

Nessa mesma cena, a que eu descrevi acima, tem outra coisa genial. Um dos conselheiros do imperador, um mais ponderado e que não odeia o Mozart, pergunta: "por que diabos tu quer escrever peças do povo e dessas coisas tão pequenas? Por que tu não escreve peças de histórias grandiosas, dos deuses e conquistadores?". "É porque eles são tão pomposos que parece que cagam mármore. AHAHAHAHAHA", dando uma gargalhada muito aguda e peculiar e debochada, muito debochada. Todo mundo arregala os olhos. "Sua Excelência, eu sou um homem vulgar... Mas eu te garanto que a minha música não é..."

*Leck mich im Arsch - Lick me in the arse, canon escrito pelo nosso querido protagonista da cena acima descrita, feito em homenagem à um arcebispo de uma cidade que não lembro o nome que tinha ele contratado e não deixava ele ir embora e só reclamava dele.

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